Alunos de Engenharia Eletrônica da Unisanta desenvolvem dispositivo em LED de tratamento mais rápido para artrose e outras doenças
Por Lucas Santos (ASSECOM)
Publicada em 08.02.2017
Dois formandos de Engenharia Eletrônica da Universidade Santa Cecília desenvolveram um projeto para tratamento de pacientes que possuem artrose no joelho e outras dores musculares no corpo, como Trabalho de Conclusão de Curso (TCC).
Trata-se de um aparelho composto por 180 LEDs (Light Emitting Diode), que traz o mesmo resultado que a forma atual, através de laser, porém de uma maneira mais rápida e prática. Enquanto o tratamento atual com a caneta de acupuntura a laser dura entre 30 e 40 minutos, os 180 disparos simultâneos em LED levam cerca de um minuto.
A avaliação para obter o resultado foi feita pelos professores da Clínica de Fisioterapia da Unisanta, com voluntários portadores de artrose no joelho, distribuídos em dois grupos iguais de estudo.
Segundo o professor mestre Ivan Barreira Cheida Faria, Coordenador do Curso de Fisioterapia da Unisanta e que foi coorientador da dupla Eliany Cristina Marques Costa e Haroldo Miranda Da Silva, o dispositivo é específico para aliviar dor, processo inflamatório e pode ser usado também para tratamentos neurológicos e ortopédicos.
“O laser convencional só dá um disparo por vez, esse dá 180 disparos ao mesmo tempo. Além disso, dá para pegar uma área maior, de uma forma rápida e muito mais eficiente. Os resultados são tão positivos quanto qualquer outro tipo de equipamento”, afirma Ivan Cheida Faria.
Baixo custo – Outro importante fator é o baixo custo do projeto. Enquanto o aparelho convencional custa cerca de R$ 25 mil, os engenheiros gastaram menos de R$ 300 (trezentos reais) na construção do aparelho, o que ajuda a ampliar e facilitar o atendimento aos pacientes no País, de acordo com o especialista.
“Hoje em média de 70% das pessoas sofrem de dor crônica. Com um equipamento deste, nós barateamos o acesso da população a tratamentos eficientes para alívio de dor e atendemos mais gente. O profissional da área pode comprar vários aparelhos para sua clínica e, desta forma, ampliaria os atendimentos à sociedade”, concluí o fisioterapeuta.
Para chegar ao mercado, o projeto leva em torno de cinco anos, pois são necessários mais testes e é necessária a regulamentação e aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), o que torna difícil segundo o especialista, devido a questões burocráticas.
Os LEDs foram testados e aprovados pelo Centro de Pesquisas em Ótica e Fotônica da USP de São Carlos (CEPOF). Os alunos um ano e meio para pesquisa, estudo, validação e montagem do trabalho. O orientador (Engenharia Eletrônica) foi o Prof. Me. José Daniel Soares Bernardo.
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